Escola igual, sala igual, mesma igreja, e finais de semana todinhos nossos! Até nossa respiração, era meio "conjunta"!
Quantas vezes a gente se encontrava domingo à tarde, para ouvir um vinil! E tinha que ser a história de Jonas.
Eu sempre fui da seguinte opnião: ela só precisava parar de crescer. O resto eu tolerava!
Não parou e eu tolero!
Entre tantas histórias juntas, eu escolhi a nossa primeira e única briga como a vértice da nossa amizade!
Foi neste momento que defini pra mim mesma o quanto queria levar este laço pra sempre comigo! E ela também!
Tinha que ter a primeira, ou nada seria perfeito.
Tinha que ser única, ou nada seria como é.
Somos amigas!
Foi assim: na época de escola, criou-se um costume de levar ao colégio, uma toalha de rosto e uma garrafa de água. Estendia-se a toalha em cima da carteira e então, organizava-se o material.
A Débora logo pegou a mania.
Eu acho que senti uma espécie de ciumes daquela toalha e da garrafa de água.
Como voltavámos juntas até certo ponto do caminho, aproveitei a ocasião pra desabafar!
Entre algumas , poucas palavras de desafeto, porque mal sabiámos brigar de fato! Eu peguei a garrafa das mãos dela e joguei no chão.
Ela ficou sentida e atónita, enquanto eu pisava em cima!
Então ela gritou algo parecido com:
"Belém Belém! Nunca mais fico de bem!!
.....
Eu não me importava!
Continuei até destruir a garrafa.
Fui mal.
Muito mal.
Nos separamos cada um pro seu lado.
No outro dia eu levei uma garrafa nova e um bilhete pedindo desculpas.
Ela me respondeu que sim! Aceitou a garrafa e nunca mais brigamos!
Eu jamais aguentaria sem a amizade da Débora.
Nós sempre lembramos dessa briga boba.

Ela me diz que quando viu o bilhete nem acreditou, porque estava com saudades.
Eu idem.
Analisa: foram somente algumas horas separadas pela briga, mas nos trouxe tanta aflição! Tem gente que passa a vida brigando e age como se fosse normal.
Não importa o motivo.
Brigar faz muito mal.
Talvez um gesto, um pedido de desculpas pode reconciliar uma relação de amizade "forever".
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