31 julho 2008

Contagem regressiva...

Daisypath Wedding Ticker



Lilypie Kids birthday Ticker

Cozinhar...



Eu já estou cansada das minhas comidas.
Hoje especialmente...
Acho que todo mundo devia ter um chef pra variar...
Iracema se apressa!
A Julia fala que eu cozinho bem.
Tadinha.

Paladar*:

do Lat. palatare, palatu, céu da boca

s. m.,
parte superior da cavidade bucal;
céu da boca;
sentido do gosto;
gustação;
sabor;

fig.,
vontade;
agrado.

*Fonte:http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx
Foto:Thaisa/Bahia

30 julho 2008

Casa de ferreiro...


Eu sou pedagoga sim senhor, mas tem coisa que ultrapassa qualquer entendimento (isso tá na bíblia? ...)
Fato é que, eu não sei mas o que fazer pra Ana parar de jogar tudo no vaso sanitário!!!!!!!!! Realmente estou perdendo a paciência..(ufaaaa!)
Ela parece um foguete! É um segundo! Meio segundo, talvez.
Hoje eu parecia estar em camera lenta! Olhei pra ela indo em direção ao vaso com a mamadeira e fui correndo, correndo mesmo mas...tarde demais!!!
Ela sai com as maozinhas para trás, e no olhar um jeitinho meigo, como se tivesse acabado de realizar uma grande tarefa.
Já pensei que ela, ao me ver, cumprindo o ritual de "passar pano" tenha adquirido este hábito!
HELP ME!!!!
Porque esta atração pelo sanitário?
Ai, Ana...colabora.

Reflita

29 julho 2008

Quase acabando o dia mas, há tempo...


Tempo para agradecer pelo prazer de viver e ser feliz!
Mesmo tendo problemas, mesmo tendo desafios, sentindo a dor de ser ignorada por uns, amada por outros, desconhecida por muitos, aplaudida por duas, mesmo entre tantos componentes diversos que definem o viver, surge a felicidade de respirar, de sentir o músculo movendo a vida, palpitante como é, dentro do corpo, diferenciando o vivo do morto.
Viva a vida.
Viva as diferenças que definem a vida.
Viva os momentos que caracterizam, cada fase dela.
Viva o anoitecer de consciência tranquila.
Viva.

28 julho 2008

Só lendo, depois eu posto.

Tenho muita coisa pra ler e reler, fui.

27 julho 2008

Domingo .


Um dia antes da segunda.
Que por sua vez, antes da terça.
Que por sua vez, antes da quarta.
Que por sua vez, antes da quinta.
Que por sua vez, antes da sexta.
Que por sua vez, antes do sabádo.
Que por sua vez, foi ontem.

Hoje eu tomei café com a Ana, pois a Julia está simplesmente roncando!
Isso não é muito a rotina dela, sempre acorda cedo.
Mas, sendo domingo, pode tudo.

Bom dia!

26 julho 2008

Teorema familiar.


Na minha família, cada um tem seu jeito, de se fazer entender.
Como em muitas famílias, tem horas que este jeito, ultrapassa a barreira do bom senso. Alguém se irrita ou, não corresponde como os demais desejaram.
E começa-se um alvoroço.
Fala-se, pensa-se, cobra-se, indigna-se, fervem-se os animos, em busca de respostas que deixe todo mundo contente novamente.
Exige-se um equilíbrio de idéias.
Estabelecemos, por fim.
Passa um tempo e, voltamos ao ciclo vicioso, de "fazer prevalecer" o que queremos!
A minha família, como muitas, deve urgentemente pensar numa saída que todos se estressem menos, sofram menos e chorem menos!


Amo minha família.
Quando éramos crianças, sempre que tinha um conflito, minha mãe chamava "as partes envolvidas" e, tratava logo, de propôr as pazes. Cada um reconhecia sua culpa no ocorrido e pedia-se desculpas.
Logo, tudo estava bem.
Pedia-se desculpas.
Já falei? Amo minha família.

25 julho 2008

Eu dispenso.


Eu dispenso seu mau humor,
sua falta de fé,
sua preguiça de mudar,
seu sorriso forçado,
sua tristeza contínua,
sua palavra de desânimo,
sua falsa modéstia,
seu orgulho exacerbado,
seu desprezo pela vida,
sua pretenção, em pensar que, somente aquilo que você pensa importa,
seu engano.
Eu desprezo tudo aquilo que, ao longo do caminho você tomou pra si, sem questionar, sem recusar, sem reagir.
Porque aquilo que nós adquirimos, também podemos, nos desfazer.

Hoje eu dispensei meu orgulho, mais do que ontem.

foto:Pizam.com

24 julho 2008

Borboletas.

Sempre tive pavor de borboletas.
Um medo, incontrolável.
Quase um desiquilíbrio.
Era ver o inseto e paralizava.
Mas um dia eu mudei a tática.
Chegamos em casa uma noite e ao abrir as janelas, entrou uma para dentro de casa.
Eu estava de saia.
Como eu corria dela, minha saia batia em minhas pernas e, a idéia que eu tinha, era que, ela estava nas minhas pernas!!!
Fiz um "tur" pela casa toda.
Só que quanto mais corria...mais a saia mexia! Até que minha mãe gritou: "Eu já espantei ela, é sua saia!!"
Passado o susto e alguns anos, percebi que não podia continuar tendo esse medo.
A situação foi clara:
Eu estava com a Julia, ainda bebê no colo e, entrou uma borboleta.
Agora eu era a mãe.
Foi preciso defender a cria.
Ok. Você deve estar se perguntando: "De uma borboleta???"
Sim. O medo é assim mesmo, excêntrico! Nos deixa irracionais.
Sendo assim , é necessário a ajuda de alguém que nos traga à razão.
Os filhos nos trazem à razão.
As borboletas de hoje são apenas insetos para mim.

23 julho 2008

Além do mais, e ainda além.

Ensinar alguém descobrir o que pode fazer, não deixa você imune a grandes emoções, como: sorrir em meio ao desafio, chorar quando tem obstáculos, advertir quando não tem a resposta desejada, sentir-se pequeno demais pra mudar a realidade, tentar disfarçar uma derrota, gritar em voz alta pra comemorar a conquista, repensar sua prática e começar tudo novamente...
Ensinar alguém a superar sua condição real e transpor seus obstáculos, se torna mais nobre ainda, quando você aprende que depende do outro pra ser quem você é.
E em meio a tantas emoções, você descobre que elas são consequências de ter nascido com um coração.
Parabéns!

Foto: M.Carvalho.
Ajudando aluno com paralisia cerebral em aula de decapagem.

Ah o sol! Anima-te!!


Ontem
choveu, nem tanto.
Mas deu para sentir saudades do sol.
E hoje ele está aqui!!
Eba!
Foi ontem também a conversa à três: Thaty, Nara e eu.
Mais tarde a Camille juntou-se a nós para a reunião extraordinária!
Extraordinária também essa ferramenta que une as pessoas, a qualquer hora e assim, num clique!
O assunto que permeou nossa conversa foi a nossa profissão.
Professoras.
Nossa eu confesso que estou anciosa, falta apenas algumas pessoas e estarei lá: escola pública!
Tenho certeza de uma coisa, tentarei fazer o melhor.
Mas é impossível não rir e espantar-se com algumas coisas.
Durante a "extraordinária" Tathy se encarregou de expôr os contratempos dessa profissão:
"Uma aluna de 9 anos que exalava um perfume não tão agradável, começou a por em conflito as narinas de quem a cercava. Ninguém descobria o que a criança tinha. Até que o médico descobriu, ela tinha inserido uma esponja no nariz!"
Segue :
"Um menino pula de uma altura considerável e fica preso pelo braço."
Me recuso a relatar a advertência que ele levou.
Segue:
"um menino tem uma convulsão na sala de aula.."
Segue... não ! Por favor! Eu quero imaginar que a sala de aula é exatamente como nos meus sonhos.
Porque o que eu tenho certeza é de que nesta profissão, existem muitos outros benefícios. O salário, por exemplo.
Tá, esse a gente não comenta mais! Melhor ir à luta pra tentar mudar!
Estou otimista, mas não posso me deixar levar pelo otimismo e achar tudo normal.
Não é não!
Já fiz estágio em escola que criança chega sem café da manhã, sem tomar banho, sem roupa de frio e sem vontade de continuar a ser desrespeitada e excluída!
Isso a escola não resolve.
Mas também não deve ser omissa.

Eu quero respeitar todos os meus alunos e tentar todo dia mudar alguma coisa na vida deles e, meu primeiro papel e obrigação é estudar para ensiná-los melhor.
Isto não é ser idealista e sim comprometida.

E brilhe o sol!

22 julho 2008

ChUvA

Já tomei muita chuva!
Querendo e não querendo...
Cada pingo, cada toró.
Tomar chuva ,
"glup, glup..."

Nunca tomei chuva,
pensando melhor.
Hoje é terça...e chove.
Hoje eu não preciso tomar remédio, leite, café, água, refresco, nem mesmo tomar sermão.

Hoje eu vou cantar o dia todo.
Ópera.

21 julho 2008

Arte Pop

"Assim, surge a Pop Art, na Inglaterra, através de um grupo de artistas intitulados Independent Group. A primeira obra considerada Pop é o que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes. Os artistas e críticos integrantes do Independent Group lançam em primeira mão as bases da nova forma de expressão artística, que se beneficia das mudanças tecnológicas e da ampla gama de possibilidades colocada pela visualidade moderna, que está no mundo - ruas e casas - e não apenas em museus e galerias. Eduardo Luigi Paolozzi, Richard Smith e Peter Blake são alguns dos principais nomes do grupo britânico."
Para ler mais:
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pop_art

Nosso "Musse" virtual...brinque com ele, alimente e faça ele latir. brincar com a bola.



Alimente meu cãozinho...rs divirta-se.


20 julho 2008

Ana Clara

Algumas pessoas me perguntam sobre a Ana Clara.
Quase todas que me conhecem já me perguntaram: "E a Ana Clara?! Porque você teve ela? E porque não está com o pai dela?"
Bem, eu quase nunca respondo.
Primeiro porque não faço muitas perguntas desse tipo, para as pessoas.
Segundo porque ainda não tenho todas as respostas.
Mas hoje eu vou falar sobre isso.
Queria deixar claro aqui, que não acho esta, a melhor forma para se ter um filho.
Durante minha gravidez eu conheci meninas de 13 e 14 anos que já estavam no terceiro aborto, provocado. Por fazer meu pré natal em uma Maternidade de caráter filantrópico, e por alguns motivos , fazê-lo no turno de assistência à gravidez de alto risco, pude refletir durante os nove meses, sobre as consequências, de atitudes inconsequentes.
O caso que mais me chocou, foi de uma moça, de 27 anos que estava com o vírus do HIV. Eu chorei com ela, quando nos contava sobre ter sido contaminada pelo seu ex marido.
Uma garota ainda, quase da minha idade, passando pelo problema mais grave, que imagino , alguém possa passar.
Sei que a medicina , com todos os seus recursos, pode até amenizar e prolongar a vida de uma pessoa contaminada, mas ela me disse, que os coquetéis que tomava, agrediam seu estômago, sendo que, era necessário sua mãe lhe preparar um remédio natural, a base de couve. Também, ela teria que passar por uma cezaria e não poderia amamentar seu bebê. O mais difícil nesta história, era saber que ao nascer ele teria que tomar os remédios por um período.
Logo que soube da minha gravidez, eu me senti sem chão.
Mas ali, enquanto escutava aquela história, tive a certeza de que Deus me livrou de cair num buraco sem fundo.
Algumas pessoas pensam: "isso nunca pode acontecer comigo"," Se eu ficar grávida eu tiro", outras menos radicais, preferem casar. Mas e se este não for seu caso?
Foi difícil ouvir dela, que estava passando por um dos piores momentos de sua vida e, não ter nada pra dizer. Eu não tinha um exemplo melhor. Corri o mesmo risco. Só tive a melhor sorte. Passamos pelos mesmos exames, a diferença entre ela e eu era o resultado. O meu negativo, não me dava os "parabéns" por ter sido negligente! Ele apenas dizia que, naquele momento eu não fui atingida.
Eu não me orgulho de ser mãe solteira.
Eu me orgulho da Ana Clara, jamais faria aborto.
Mas me orgulhar por ter ela, não é sentir orgulho de como tive ela.
Por já ter uma experiência, de casamento sem planejamento, não aceitei ficar junto com o pai da Ana Clara. Ele, então, segue a vida...
Não se casou ainda, mas eu espero que se case por outro motivo.
Tinha o sonho de acabar minha faculdade, graças a minha família, que me ajudou, mesmo sem aprovar as minhas atitudes, consegui terminar.
Devia algumas explicações para eles, fui dando com o tempo, mudando o comportamento, repensando algumas práticas e valorizando minha vida e meu corpo. Tenho sentido orgulho das minhas mudanças.
Hoje a Ana Clara tem seu espaço no coração de todos, teve também ao nascer, mas hoje, ainda mais.
Eu nunca vacilei em relação a Julia. Sempre dei as respostas que ela me pediu.
Somos um trio, cercadas por muitos e abençoadas por Deus.
Mas eu repito: está não é a melhor forma de ter filhos.
Pense sobre seus atos, eles podem te levar a finais não tão felizes, como levou a moça que conheci e as adolescentes que vi, na Maternidade, em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Se pudesse dar um conselho, diria que você deveria conhecer pessoas em situações extremas, para mudar alguns hábitos e rever alguns conceitos.

Montagem




Salão também dá este efeito.

Mas, custa caro pra manter.

Então, melhor ser natural.

Não, melhor é ter salão.

Eu gosto do meu cabelo , que fique claro! mas é legal divertir-se ...

Domingo!


Sorrir pelo domingo!
Nada de entulhos!!
Tenho que arrumar gavetas, retirar as sobras, limpar.

"Hoje é domingo, meu pai é gringo...não fuma cachimbo!"

A Julia foi conhecer as Cataratas.
Feliz da vida.

Não posso descuidar da Ana Clara ou ela joga tudo dentro do vaso sanitário.
Porque criança gosta tanto de água?

A Julia vai ver tanta águaaaaaaaaa....

Bom domingo!

19 julho 2008

Inércia.


Muitas vezes a gente não pode tomar a atitude que gostaria. Dizer sim ou não, ser mais acessível ou menos tolerante, botar pra correr ou mandar sentar, falar exatamente o que pensa ou deixar pra lá, mas tem situação que o melhor é sentar e esperar.
Eu tô esperando.
Tá ficando um pouco desconfortável
Preciso esperar, ainda.
Vou ter calma.
...
Preciso de mais uma xícara de chá.

Passou.

Surf

Em constante equilíbrio.
Não seja minha onda.

Pimenta no olho do outro...


A
Julia e eu, fomos despertadas, pela Ana Clara sem dó nem piedade.
Como sempre, ela precisa estar de pé!
Sair da cama!
Arvorar!

Então...puf! Acabou o sonho!

Eu relembro, quando fui despertada, de forma estranha pelo Paulo!!
Ele tinha ganhado um caminhãozinho de plástico, com caçamba.
Uma manhã ele encheu de sal e foi me acordar.
Deve ter medido, exatamente o local onde despejaria a carga.
"Marília?"
-Poft!!-
"Hãm?"
Todo o sal, dentro dos meus olhos.
Hoje a Ana não jogou sal...mas sinto eles meio granulados!

Bom Dia!!!!!

18 julho 2008

Chá.

Tendo chá, eu supero.
Uma xícara de chá é um problema resolvido!
Só não me ofereça o verde. Este emagrece.
Não. Obrigada!
Quero continuar visível.

17 julho 2008

Marcolina Montiel


Relíquia.
Definição no dicionário para ela:
Avó: mãe do pai ou mãe da mãe.
Tive as duas.
Mas hoje vou falar da materna.
Mãe da mãe.
Marcolina.
Magra e linda.
Ela usava um lenço, diariamente e, quando as nossas mãos não resistiam, ela ficava muito nervosa. Falava em alemão, para pararmos de puxar seu lenço!
Vó querida !!

Todo dia era dia para improvisar um violão e cantar com ela e para ela:
"Eu sou pequenininho
meu coração é limpinho.
Não pode morar ninguém
só Jesus Cristo, mesmo
sozinho."

Eu não entendia o alemão mas entendia o que ela queria dizer.
Sempre pedia o chinelo.
Acordava dizendo:
"Acorda Maria..é dia!
O sol já vai raiar!"
Hoje eu falo pra Julia.

Relíquia
Minha definição para ela:
Avó: mãe de netos, amor incondicional, forte, fraca, linda, colo gostoso, histórias, felicidade em forma de parente.
Marcolina.
Marco.
Linda.

Ps: Mauricio, Vinicio, Filipe, Julia, Brian, Thaisa, Ana Clara e Sara, aproveitem a vó Iracema em todos os momentos que puderem!

Comemoramos

Todo dia 17 eu comemoro minha vida, minha autonomia, meu sossego, minha luta, meu valor, minha marcha.
Iracema e eu.

16 julho 2008

Presente para o seu aniversário, hoje, J.M.Coutinho

1 Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;
2 Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;
3 No dia em que tremerem os guardas da casa, e se encurvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;
4 E as portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as filhas da música se abaterem.
5 Como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;
6 Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço,
7 E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.
8 ¶ Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.
9 E, quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais ensinou ao povo sabedoria; e atentando, e esquadrinhando, compôs muitos provérbios.
10 Procurou o pregador achar palavras agradáveis; e escreveu-as com retidão, palavras de verdade.
11 As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembléias, que nos foram dadas pelo único Pastor.
12 E, demais disto, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne.
13 ¶ De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.
14 Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.

Eclesiastes 12

História para a Julia.


Era uma vez um coração.
Dentro dele, moravam diversas bolinhas coloridas.
Bolinha azul, verde, vermelha, rosa, roxa, amarela, cinza, marrom até mesmo uma preta.
Mas entre essas bolinhas coloridas, havia uma incolor.
Sempre que ela olhava ao redor, sentia-se menor, menos feliz e muito triste por não ter cor.
Um dia de tanta tristeza, resolveu ir embora daquele coração.
Era preciso se despedir.
Cada bolinha que ela contava sobre sua decisão, ficava muito compadecida e entre as palavras de carinho , oferecia-lhe um abraço.
Assim ela foi recebendo um abraço de cada uma das bolinhas coloridas.
Terminando as despedidas, era hora de partir.
Mas ela percebeu algo diferente em sua cor.
Agora cada parte sua era de uma cor.
Pequenas manchas verdes, amarelas, vermelhas, rosas...completavam, cada parte de sua forma!
Eram marcas deixadas pelos abraços que recebera.
A bolinha não era mais incolor.
Agora ela era COlORIDA!
Então a bolinha decidiu ficar.
E o coração continuou ainda mais colorido!

Falta um mês para o seu desejado seis anos!
Parece que foi ontem que te conheci!
Julia te amo.

15 julho 2008

Almoço.



H
oje eu fiz mandioca com molho, no almoço.
Então não posso deixar de contar sobre as plantações de Iracema.
Ela não se submetia ao fracasso.
Iracema cultivou por muito tempo muita coisa boa, além de suas qualidades morais que ainda preserva, usou também o solo para produzir alimentos.
Ainda hoje ela reclama um canteiro, por sentir falta de lidar com a terra.
O que me faz brigar, de certa forma, pois sua coluna se nega a cooperar e, penso que deve se cuidar.
Entre suas produções estava ela: a mandioca, aipim ou macaxeira, como você prefirir.
Estava ali, ao alcance das mãos.

Então, certa vez, perto do meio dia, ela estava preparando almoço e pediu que apanhássemos uma quantia para o cozimento.

Lá fomos nós com a enxada nas mãos.
Colhe um.
Dois..
e o negócio era divertido!

Minha mãe então, estranhou a demora e foi verificar.
Qual foi a surpresa, quando viu sua plantação, toda colhida!
Que colheita!
Tinha mandioca para alimentar um exército.
Mas foi a vizinhança quem agradeceu.

Ela nunca foi de bater, castigar e portanto o "apanhássemos" ficou somente no ato de colhermos!

Quando a mudança é visual



Descobri como fazer umas montagens de fotos.
O que não é nada difícil, como diz o Paulo: "Isso é amador demais! "
Mas ele diz isso, porque é profissional.
Eu ? Vou me divertindo.
Gostei dessa.





By: BuboMe and Picasa and tempo vazio!

Tenho um professor que diz: "Conhecimento vem junto com a estética."
Claro que ele estava se referindo à apresentação de um trabalho acadêmico, mas..me sinto mais inteligente!..hehehe...

14 julho 2008

Débora.

Eu não tenho nenhuma amiga que, me acompanhou fielmente, em todas as etapas da minha vida, como a Nina.
Escola igual, sala igual, mesma igreja, e finais de semana todinhos nossos! Até nossa respiração, era meio "conjunta"!
Quantas vezes a gente se encontrava domingo à tarde, para ouvir um vinil! E tinha que ser a história de Jonas.

Eu sempre fui da seguinte opnião: ela só precisava parar de crescer. O resto eu tolerava!
Não parou e eu tolero!
Entre tantas histórias juntas, eu escolhi a nossa primeira e única briga como a vértice da nossa amizade!
Foi neste momento que defini pra mim mesma o quanto queria levar este laço pra sempre comigo! E ela também!
Tinha que ter a primeira, ou nada seria perfeito.
Tinha que ser única, ou nada seria como é.
Somos amigas!

Foi assim: na época de escola, criou-se um costume de levar ao colégio, uma toalha de rosto e uma garrafa de água. Estendia-se a toalha em cima da carteira e então, organizava-se o material.
A Débora logo pegou a mania.
Eu acho que senti uma espécie de ciumes daquela toalha e da garrafa de água.
Como voltavámos juntas até certo ponto do caminho, aproveitei a ocasião pra desabafar!
Entre algumas , poucas palavras de desafeto, porque mal sabiámos brigar de fato! Eu peguei a garrafa das mãos dela e joguei no chão.
Ela ficou sentida e atónita, enquanto eu pisava em cima!
Então ela gritou algo parecido com:
"Belém Belém! Nunca mais fico de bem!!
.....
Eu não me importava!
Continuei até destruir a garrafa.
Fui mal.
Muito mal.

Nos separamos cada um pro seu lado.

No outro dia eu levei uma garrafa nova e um bilhete pedindo desculpas.
Ela me respondeu que sim! Aceitou a garrafa e nunca mais brigamos!
Eu jamais aguentaria sem a amizade da Débora.
Nós sempre lembramos dessa briga boba.
Ela me diz que quando viu o bilhete nem acreditou, porque estava com saudades.
Eu idem.

Analisa: foram somente algumas horas separadas pela briga, mas nos trouxe tanta aflição! Tem gente que passa a vida brigando e age como se fosse normal.
Não importa o motivo.
Brigar faz muito mal.
Talvez um gesto, um pedido de desculpas pode reconciliar uma relação de amizade "forever".

tchau SEGUNDA!


Nossa hoje não foi nada fácil!

Ainda bem que existe terça!

Se eu pudesse dar um conselho, para as pessoas quando têm o primeiro filho, eu diria: não proteja tanto, deixe sujar os pés com a terra, andar descalço e brincar na água, em temperatura ambiente!
Tudo o que eu fiz, com a Julia, foi deixar ela sem anticorpos!

Passou a brisa, ela já acena: "ATCHIM!"

Jubinhaaaaaaa...o que faremos para nos livrar da "fumacinha?"
love you.

13 julho 2008

"A ver navios"


U
m domingo decidimos ver aviões.
Alguém e eu. Não vou contar quem.
Pode não gostar.
Mas foi um membro do "clã".
Um MEMBRO.
Só o que posso contar.
hehehehe.

E lá fomos nós...andando até o aeroporto.
Aquilo foi a coisa mais estúpida que fiz na vida.
O caminho mais longo e desnecessário que percorri.

Começou como aqueles desafios sem lógica, tipo: "Eu duvido que ..." Aí já viu! Não duvide porque isso é jogo sujo!
Para quem sabe o trajeto da minha casa até o aeroporto...
A gente foi direitinho, sem parar no caminho, nada de errado, andando "na linha"!Percurso completo.
Pra ver os aviões.
Tudo bem que era 1988 ou 1989 e se tratava do aeroporto de Cascavel, num final de semana! (devia se chamar, nessa época, "clareira"no máximo!)
FECHADO.
Nem mosca.

Voltamos.
Fome, fome , fome!
Lembro da Iracema, não acreditando quando a gente contou, já pegando o prato para almoçar, e dizendo: "Conta outra!"
Depois do almoço eu e o...ops! Quase falo! Estavámos amuados!
Passasse um avião pra ver!
Juro que jogava uma pedra!

Provérbio Italiano


"T
erminado o jogo, o rei e o peão voltam à mesma caixa."

Uniforme


Iracema, olha o uniforme do Paulo



Não pode lavar na máquina!

12 julho 2008

O rato e o chinelo.

As Havaianas mudaram, nova campanha, agora todo mundo usa.
Eu lembro de nossos chinelos que agora chamam de
sandálias! A gente tinha que lavar antes de entrar em casa.
Esfregar no tanque,até ficar branco.


Mas a Maristella tadinha perdeu um par.
O ratinho...hehe!

Vou contar só pra ver se ela reage ao SILÊNCIO!
A gente pegava uma bicicleta emprestada, sem freios.
Então tinha que improvisar.
Mas isso custava o solado dessa sandália "fashion" e não dava pra ficar gastando chinelo no freio!
Um dia eu não podia deixar de dar uma voltinha, duas, três..UP'S! Esqueci que estava usando a Havai...da Maris.
Bem o jeito era esconder.
Então eu deixei elas bem tranquilinhas descansando por um período, debaixo da casa.
Digo, por um período porque a Maris achou!
Por mim tinha ficado lá!
Então ela veio correndo e falando: "Achei meus chinelos, e veja!! algum bicho comeu eles! E no mesmo lugar! NOSSA!"
Eu disse: "Nossa! Deve ser um rato!" Bem baixinho, morrendo de vergonha...ou de vontade de rir!
Ahh..acabei contando.
MAS MARIS!! Só porque você não achava certo usar os chinelos, não precisava freiar descalça!
AI!!!!!!!
Foi a "tampa"do dedão embora!

PS: Olha q por acaso! uma pulseira no corpo da menina q usei pra montagem igual a sua! Não vou nem mostrar pro ratinho..rs
SAUDADES.

11 julho 2008

No ar.


Desde pequena eu gosto de rádio.
Pode me chamar de brega, mas é só ter a casa vazia, que eu ligo o rádio.
Gosto de gente falando.
Programa comunitário então!!
Mas programa musical não faz meu gosto.
Digamos que é um certo trauma, na verdade uma 'coisa' que me persegue...
Começou assim: quando fui morar em Goiânia, eu estava com 16 anos, deixei minhas amigas aqui, algumas lembranças.
Costume de associar pessoa à música.
Muita gente tem.
Escuta a música e lembra de fulano, outra trilha é para o beltrano e assim nós vamos...construindo laços "sonoros".
Mas veja bem, o assunto é rádio e então deixa eu juntar o fio da meada: estando em Goiania com saudades de pessoas em Cascavel, resolvi em uma certa tarde, telefonar para uma estação qualquer e pedir uma música que me fizesse relembrar boas coisas aqui do Sul.

Só que eu não queria me identificar.
Detalhe que até hoje eu não entendo, por que eu não podia me identificar estando em Goiânia??? Capital? Centenas de Marílias ou milhares..vai saber!
Então quando o radialista pediu meu nome eu disse: "...Juliana!"
Foi assim, no susto.
Ele anotou também o telefone e o nome da música.
...
Passou a tarde.Minha irmã chegou.
Ela e eu na cozinha conversando, toca o telefone.
Ela atendeu.
"Não. Você ligou para o número errado. Ganhou o que? Um 3 em 1? Sim, este é o número, mas eu posso te garantir que não mora nenhuma Juliana aqui."
Era época dos "3em1".
Eu não tinha nem um walkmann!
Não adiantou eu correr pro telefone e explicar que a Juliana era eu e que eu, me chamava Marília!
Perdi o prêmio e entrei em crise de identidade.
Meu outro trauma aconteceu em 2006 acho, um pouco antes de ter a Ana Clara.
Trabalhava no financeiro e era rotina verificar cheques ou fazer cobrança deles, quando voltavam sem fundo.
Pois bem, teve uma compra que isso ocorreu.
O dono do cheque era também proprietário de uma emissora de rádio e, ao preencher o cadastro ele colocou, como telefone de contato, o número utilizado para participações "ao vivo", durante seu horário de programa.
Quando eu liguei e a pessoa no outro lado perguntou "Com quem estou falando?" já achei estranho. Essa fala é minha! Mas ele continuou: "Marília! Obrigado pela sua participação! Você está falando de onde?" Eu olhei o cheque e caiu a ficha! Então eu só ri.
"Marilia, qual música você quer pedir?" Céus! Eu tentava falar que eu não queria música. Ele dava opções. Então fui obrigada a contar que estava no meu trabalho, liguei para o número anotado atraz de um cheque e, que eu realmente não queria ouvir música, porque nem rádio tinha onde eu estava!
Então foi a vez dele de rir.
Não tive coragem de cobrar.

Sem privações.



Ninguém deveria ser privado de: banho quente,comida fresca,roupa limpa, colchão de mola,chinelos,água pura,teto seguro,remédio.
Ninguém deveria ver o outro, pelo lado de fora do portão.
Todas as pessoas deveriam ter conforto e sentirem-se saciadas.
Mas, a privação de algumas milhares de pessoas de todos estes benefícios, concede à outras pessoas a possibilidade de saciarem-se e nunca por completo.

Então, talvez , muitas pessoas jamais terão banho quente, comida fresca, colchão de mola, chinelos, água pura, teto seguro e portanto, precisam de remédio.
Para Isa e sua vontade de escrever.

Silêncio



Hoje minha mente ta dormente.
Sem dor.
Só mente.
Sem mente.
Hoje minha.

FOTO: BY MARIS/USA

10 julho 2008

Limpeza para o "vovô".


Quinta ou sexta sempre acontece faxina na casa.
É dia do mais pesado...e como hoje é quinta eu estava olhando o que preciso fazer para deixar mais limpa a" house" da Iracema (mãe, nem te preocupa que quando você voltar a gente muda de quarto..) com essa de faxina, lembrei daquelas que faziámos para o Vovô Francisco (in memoriam).
Ele não era meu avô de sangue, mas o que isso importa?
Uma pessoa preparada para nos auxiliar e orientar , assim como outras, em nosso decurso.
Ele morava só e, sua idade já não permitia, que realizasse as funções necessárias em um lar.
Iracema, reconhecendo sua obrigação e gratidão resolveu assim: ela fazia o pão e lavava suas roupas, sendo que nós, ficavámos responsáveis pela limpeza da casa.
Então vamos lá!
Era divertido e isso transmitia uma sensação de importância," coisa de gente grande"!
Nesta época, ele morava num lugar cedido pela igreja*, e tudo era simples.
Mas a rotina de limpar o chão, lavar a pouca louça e ir ao mercado comprar frutas para ele, sempre, era acrescentada por suas histórias singulares.
E tinha a geladeira.
Esta sim , original!
Tenho a imagem dessa geladeira, em meu pensamento.
A imagem do "vovô!"
Sabia se portar, sabia respeitar, nunca nos falou uma palavra que pudesse ser interpretada como ofensa, corrigia mas nunca nos constrangeu.
Era distinto.
Disposto.
Com o passar dos anos, segue o curso natural da vida... e ele nos deixou.
Mas eu ainda tenho na memória e na minha vida as marcas de uma pessoa que ajudou a construir quem eu sou hoje.


*Igreja Evangélica Assembléia de Deus/Cvel-PR
Neste período, dirigida pelo Pastor José Pereira de Almeida(in memoriam).

09 julho 2008

Quem somos? ou quem podemos ser...

Quando você era criança bastava o sorvete, mesmo dividido.
Quando você era criança bastava a risada, de você mesmo.
Quando você era criança bastava o colo, depois do tombo.
Quando você era criança bastava o lápis e papel, você sempre coloria.
Quando você era criança bastava a pedrinha, e o barulho na água.
Quando você era criança bastava o pulo,você chegava no céu.

Agora você cresceu.
Nada mais é o suficiente pra te dar esperança.
Muitas coisas te cercam, mas sua tristeza contínua, está cada vez mais presente.
Sabe o que te falta?
Lembrar da sua infância e mudar o seu olhar pra vida.
Construa valores.
Dependa de abraços, sorria no espelho, olhe para o céu, levante-se, dispense a solidão e permita a troca.
O mundo não mudou tanto assim.
E Deus continua o mesmo.

Faz pouco tempo que eu passei pelo momento mais difícil de minha vida.
Vi minha mãe triste por ter perdido a confiança em mim e minha família solidária a ela.
Motivos diversos.
Tantas formas de resolver.
A mais provável, pela própria situação e tudo que envolveu, seria eu orgulhosamente dizer que não precisava de conselhos, de sermãos, que era forte o suficiente para fazer minhas escolhas, seguindo por minha conta e risco.
Afinal, é isso que aprendemos: nos valorizar! termos personalidade! as pessoas que nos aceitem do jeito que somos!... por aí a fora.
Parte de um discurso vazio, que faz cada vez mais nos distanciarmos daqueles que nos amam.
E os conceitos, incluídos nele, estão sendo corrompidos, " valorizar-se" está cada dia mais próximo de egoísmo, assim como" personalidade" combinamos, sem culpa alguma, à nossa capacidade de desconsiderar o outro e seus sentimentos, fazendo jus à sociedade que criamos .
É exatamente assim, que ocorre quando nos valemos de frases individualistas, do tipo "Me aceite como eu sou", para justificar nossos erros.
Individualidade, casada com egoísmo, nada tem em comum com a especificidade de cada um. Menos ainda com autonomia e liberdade.

Mas aconteceu um milagre.

O milagre do reconhecimento do erro, da vontade de reparar e da necessidade de sentir-se amparada.
Como o colo da infância, depois de um tombo.
Eu agradeço a minha mãe, pela chance e pela ajuda nessa reeconstrução necessária e desafiadora que a vida me estabeleceu, como critério para a felicidade.
Agradeço a disponibilidade e paciência da minha família neste processo.
Agradeço as minhas filhas, imensamente lindas, sendo ambas, remédios na dose certa pra me acalmar, limitando minhas dores, neste aprendizado, que é viver.

Eu agradeço a Deus por me permitir acreditar, que meu pulo alcança o céu.

obs: texto ainda em construção.

08 julho 2008

Prendas...

Eu comecei a escrever e, não sei com que propósito, as lembranças de minha infância foram tomando conta.
Talvez, por ser mais fácil, falar do que já passou.
Mas algumas coisas estão passando, quem sabe poderei falar delas brevemente!
Não sou saudosista, nem minha idade permite isso! Também penso que a vida não dá tempo, pra você ficar preso ao passado.
Isto, porêm, não significa desconsiderá-lo.
Seria um erro grotesco.
Bem então vamos relacionar os dois: passado e presente e tá tudo feito! Perfeito!
Junho e julho são meses esperados!
Férias!!
Muita gente descansa, viaja, dorme, visita os amigos, respira, e muita gente (eu não! desculpa mas não acho bacana...) vai à festas juninas.
Então eu vou relembrar uma história relacionada ao "festejo":
Nos tempos de escola, lá pela minha quarta série, quando tinha festa junina, os alunos eram responsáveis por arrecadarem prendas, assim, faziam-se as barracas de brincadeiras e jogos, e o vencedor dos mesmos, ganhava algum presentinho.
Deve ser ainda assim.
Acontece que nós aproveitavámos essas datas para VOLUNTARIAMENTE arrecadarmos prendas entre nossos vizinhos.
Acompanha a proeza:
Apertavámos as campainhas da vizinhança, perguntando se tinham prenda para dar, o dono da casa não perguntava para quê, só porque era época de festa junina, e logo nos trazia alguma coisa.
Ele não perguntava para quê.
Ninguém precisava informar.
E lá vinha, leite moça, creme dental, escova de dentes, lata de pessego...
Nós dividiámos tudo! O leite moça e o pessêgo...agora, o resto ninguém queria.
E a escola...ah!
Isso me lembra o Paulo e eu , quando a gente queria visitar ou ver um vizinho mas, não tinha motivos ou propósitos definidos.
A gente definia:
" A mãe pediu se a senhora tem sal pra emprestar."
E voltava, jogando tudo no caminho...
Quem precisava de sal?
Era só uma maneira de dizer:
"Oi! a gente queria ver você!"
Sabe o que é bom quando se cresce?
Não precisamos mais criar motivos para dar "oi".
E tampouco ter que se desfazer deles!

Eu parei de pedir, para mais tarde, não ter que me preocupar em jogar fora, coisas desnecessárias.

Chega de brincadeira!





Ah tá!

Agora devolve minha mãe!



Eu acredito em mudança!

sempre com meu caminhãozinho pronto!
Eu acredito na mudança!
Mudar de atitude:necessário.
Mudar de amigos: carregando os velhos.
Mudar a alimentação: ter alimento.
Mudar de gestos: dar abraços.
Mudar a linguagem: libras.
Mudar de perspectiva: subir no muro, pra olhar ambos os lado, sem deixar de descer.
Mudar de casa: ou mudar a casa.
Mudar de lado: para o melhor lado.
Mudar de caminho: escolher o mais fácil, nem sempre gera mudanças.
Mudar de time: acabar com os times, somos iguais.
Mudar de plano: plano C. Nem sempre o que conhecemos faz sentido.
Mudar de estilo: criar um estilo.
Mudar: tirar o "r"
Muda!
Hoje.


Arrume sua mudança em caixas que sobrem espaços , para outras coisas, se necessário.
Matemática.



07 julho 2008

Pra você Karlota...mas aguarde!


Ok.Vamos lá.Satisfazer a lembrança da Karlota que pediu pra eu contar a história da bicicleta, explosão e hospital.
Primeiro deixa eu apresentar:
A bicicleta: minha algoz.
A pólvora: familiar.
O hospital: "O que eu to fazendo aqui?!


Era uma tarde como muitas, parece que um sábado, se estou enganada a culpada foi a bicicleta! Minha última lembrança ,de uns minutos antes do episódio, é que eu estava comendo pão com patê.

Sabe a imagem que eu tenho até hoje: eu saindo na porta, depois correndo até a rua segurando um pedaço de pão, me juntando com os demais "detonadores" para preparar a bombinha.
Aquela que faz no asfalto, com pólvora, o prego e martelo. Não sabe? Azar teu, eu que não vou passar receita aqui! (Crianças, melhor jogar video game.)

BUM!

Infálivel e segura até! (redundante de propósito)...
Desde que, não tenha uma bicicleta por perto.

Bem, acontece que a gente usava a rua e toda ela.
Fechava qualquer passagem, de tantas crianças, pra fazer e estourar as bombinhas caseiras.
E neste dia não foi diferente.Armamos o engenho e na hora de bater, usamos um pedaço de madeira. Todo mundo se ajeitou numa espécie de circulo em volta, enquanto um ficou responsável para detoná-la.

Pára em "detoná-la".
Deu o pause?

Agora observe que logo ali, descendo a rua, em nossa direção, vem um ciclista, feliz,(infeliz!) em grande velocidade...ok...na velocidade de um "velocípede de duas rodas iguais"(o que não se preservou por sinal!) Mas posso te garantir que era grande a velocidade! Disso eu lembro!
Muito bem!! Todos os personagens em seus lugares?
Crianças em torno da bombinha, uma pronta para bater e bicicleta vindo?

Agora aperta o "play" ou melhor : nãooo!

BUUM!

"Mãeeeeeeeee! Corre a Marília atropelou a bicicleta!"

Eu nem contestei! Mas foi a bicicleta que me pegou!
Fazer o que ?
Quando você desmaiar algum dia, é bem possível, que contem a história errada depois.


Ah! Tem o hospital na "parada"! ( "parada" com a conotação de "lance", não tem nada a ver com a bicicleta "parando" em mim! Ah! e "lance" também não tem significado de "lançamento", "arremesso", muito menos "menina sendo jogada a uma altura considerável"!) :
"Prazer Políclinica!"

Acordei bem em frente dele.
Mas quem disse que eu entrei! Eu não lembrava de "nadica" de nada!
Tudo bem que depois tive que ficar internada no Salete, com uma "junta" de japoneses tentando descobrir o que tinha na minha cabeça (é lógico que os japoneses eram médicos! já viu não ser? Sei, tem dentistas também! Mas não era o caso. Meus dentes se preservaram...).

Eu tenho pra mim, que foi o patê, que me fez tão mal, a ponto, de me internarem!
Voltei a comer, mas ainda acho suspeito!

Gente, só mais um detalhe, eu não posso terminar sem contar o personagem principal desta história: o bicicleteiro.
Só vi mal e mal ele.
Em frente ao hospital.
Lembro da Iracema mandando ele entrar pra fazer uns curativos.
Mas ele estava mais preocupado em olhar a bicicleta que era do parente dele.
Como não morava em Cascavel, estava indo visitar os demais familiares com a bicicleta daquele que o hospedara.


Eu sabia!!Dá nisso não conhecer o percurso...!

A bicicleta e a explosão...para a Karla rir sozinha.



Vou escrever minha experiência com a pólvora.
Pra karla rir sozinha.
Apesar, de que sou obrigada a lhe dizer, Karlota, que agora com a Sara nunca mais terá a sensação do"sozinha".
Sim , os filhos preenchem nossos pensamentos até nas horas inoportunas!
Outro dia durante a aula na pós, a Nara (que está grávida pela quarta vez!) estava pensando em comprar hastes de algodão (Cotone..) iguais, para previnir-se de uma provável crise de ciumes, que possa brotar em sua filha caçula (já que vai perder este posto, assim que o outro bebê chegar!) e eu pensando que ela estava atenta em "Martinho Lutero", presente na fala do professor Marco Antônio.
Mas é assim, uma constante idéia de que deixamos outra parte de nós em algum lugar.
Viramos Lego. Peças de encaixe.

Mas espera, vou na praça levar a Ju e a Ana, depois eu concluo, com a história da pólvora, bicicleta e eu.

A distância.


A distância entre o dia e a noite está contida no tempo mas também na imaginação.

foto: Maristella Montiel/Fl-USA

06 julho 2008

Tristeza tem fim.


Toda tristeza,
por mais triste que seja,
te dá adeus um dia

e vai ser triste em outro lugar.
Deixa ela ir.

Óculos.


Em 2001, fui pra Curitiba me encontrar com a Alice, que estava no Brasil.
Ficamos na casa da Valéria (obrigada Val! ).
Durante o dia era aquela rotina: sair , conversar e matar a saudade.

Numa dessas saídas, como não podia deixar de ser, fomos ao Muller.
Entramos numa loja pra comprar cuecas. Feita a compra fomos em uma joalheria, a Alice queria arrumar um colar e talvez lá eles o fizessem.
Não faziam consertos.

Acontece que durante a conversa com a vendedora, a Alice resolveu olhar alguns óculos então.
Apesar de, nesta ocasião, já possuir e portar um de outro modelo, de aparência e funcionalidade semelhante aos expostos ali, não sentindo-se satisfeita resolveu experimentar outros da loja.
Tremenda fria!
Olha um, tira, põe outro, "não", "sim", até que - ufa!- fomos embora.

"Embora" significa uma passadinha no banheiro.
Depois...
Elevador.

Quando nós estavámos dentro do elevador, a Alice sentiu falta de seus óculos, aquele que acabara de ganhar: "Apesar de já possuir e portar um óculos de outro modelo,..." como citei acima.

Então voltamos para a joalheria, fora o último local que estivemos com ele.
Voltamos pra buscá-lo.

Ao entrarmos, novamente, na loja a vendedora veio ao nosso encontro, a Alice disse que tinha esquecido o óculos dela ali e só voltou para buscar...
Mas a atendente disse que não tinha nenhum óculos ali, somente os da loja, que estavam à venda.
"HUM...como assim?"- pensamos, a Alice e eu.
Insistimos que ali foi o último lugar que estivemos e certamente...
"HUUMM...COMO ASSIM?! - pensou a vendedora.
Clima chato.
E nem deu tempo para outras palavras ou perguntas, ela foi logo dizendo:
"Tá pensando que peguei seus óculos? Sua ...(não vale a pena repetir) e você pensa que eu preciso pegar seus óculos sua...(eu disse! não vale a pena repetir, mesmo!)"
Eu arregalei os olhos, e disse:
"Alice ela está te ofedendo, isso é ofensivo."
Minha fala se deu em tom de informação, porque a Alice não estava entendendo o que ela estava dizendo.

Do fundo da loja saiu outra vendedora (estavam em bando!) e pediu para que sua colega se acalmasse, ela podia resolver isso.
Aquela que estava mais nervosa começou a chorar e foi para o fundo da loja (uma espécie de banco de reserva?).
A Alice repetiu o motivo da sua volta à loja mas, obteve a mesma resposta: " ali não tinha nenhum óculos, a não ser os..."

O que fazer?
Bem, "agora é que são elas!".:

Diante da importância de alguns valores que a Alice estabeleceu para aquele objeto, impossível deixar pra lá e ir embora.
"Quero ver as imagens na camera." Disse, apontando para o aviso:
"Sorria, você está sendo filmado."
Porque não me avisaram antes? Arruma o cabelo...brincadeiras à parte mas me dá licença para um comentário?:
"Sorria", é meio estranho né? você consegue imaginar a diminuição/anulação de pena para o sujeito que obedecer a este pedido, e for identificado nas imagens em algo ilícito, porêm sorrindo?
Logo: "você esta sendo filmado" já é informação suficiente e dependendo das circunstâncias, apenas um desenho basta, para ter o efeito desejado: vijiar! (Foucault)*.

Continuando, reescrevo a última fala da Alice:
"Quero ver as imagens na camera."
"Não tem como senhora, (Agora, não sei porque a Alice entendeu como ofensa!) Nós não temos camera, só o aviso." (!!!)

Situaçãozinha!!

"Tá! Então eu quero falar com sua gerente."
Neste ponto dos diálogos, os fatos já estavam tão corretos, na nossa mente, que nem passava pela cabeça outras possibilidades sobre o sumiço dos óculos.
O jeito, era falar com essa gerente, da loja que: nós entramos pra resolver um problema - do colar - e saímos com outro maior!

"Bem eu vou pedir pra senhora (tá brincando com a sorte! senhora não!) ligar neste número e falar com a dona..."
"Ok."
Saímos do Muller.

"Marilia eu não vou perder esses óculos .."
Frase repetida pela Maria Alice inúmeras vezes.
Assunto de uma semana.
Toda a semana que ficamos em Curitiba.

Ao chegarmos na casa da Val logo colocamos ela "a par" do acontecido, foi quando descobrimos:
"Mas a gerente é minha amiga! Vamos falar com ela."
Falamos. E esta conversa resultou em mais conversas e por aí a fora.
Os óculos até então nada de aparecerem.
Até que um dia:

"Alice, seus óculos foram encontrados! Estão na loja de cuecas."

Corre pro Muller.

Chega na loja:
"Oi eu vim buscar meus óculos..."
"Ah! aqui está a sacola."Disse a vendedora, da loja de cuecas, que parecia não pertencer ao time daquelas da joalheria.
"Mas como meus óculos estão aqui?Não entendo! As cuecas ?Mas...peraí! Só estão as cuecas!"
"Sim, olha seus óculos estão com a senhora que encontrou eles, ela trabalha no útimo andar do estacionameto, num lava carros. Ela quer que você os pegue com ela. Só deixou a sacola com as cuecas."

Agradecemos, e fomos.
Elevador.
Desce!
Encontramos com a senhora:
"Oi, eu vim buscar meu óculos..."
"Sim te reconheci! Estou com eles faz uma semana...desde que me encontrei com vocês no banheiro do shopping, deixaram a sacola em cima da pia, eu tentei chamar quando vi, mas tinham entrado no elevador, então eu levei a sacola até a loja de cuecas, mas os óculos eu não quiz deixar junto, poque eu vi que eram bons, e sabe como é?... Mas ,então você sabe que eles foram comigo até a igreja? É. Eu sai do serviço e tinha oração na igreja que eu frequento...
(Aham! a gente estava de boca aberta! Quanto juízo errado! Quanta fala sem motivo! A vendedora...! Esses pensamentos eram em conjunto: entre a Alice e eu!)
...e eu orei assim: "Deus me faz encontrar aquelas moçinhas para devolver o que não é meu, eu não quero ficar com o que não me pertence"...daí eu levei pra casa e minha filha até provou eles e ela me disse que esses óculos eram caros, e daí que eu pedi mais ainda pra te encontrar."

"Meu Deus...nossa! eu acho que eu tenho que pedir perdão pra alguém...a senhora não acredita ...olha eu tenho aqui um dinheiro, eu quero que a senhora aceite, por favor "Disse a Alice, e quase que nos mete em outra fria, a princípio soou como uma ofensa.
"Não minha filha! eu não quero não! eu guardei por que eu não fico com o que não é meu!"
Mas a Alice insistiu e se explicou:
"Sei disso, mas eu queria lhe agradecer pela gentileza...Olha, quanto a senhora ganha por carro? Deixa então eu lhe pagar uma limpeza, ok?"

E a Alice deu vinte doláres, pela limpeza do carro imaginário - porque não tinha real - para aquela senhora, que surpreendeu:
nos contou que, por nunca ter visto o dólar, ia afixar com alfinetes, este dinheiro num mural em casa.

(Primeira vez, em vida, eu vi alguém não dar importância nenhuma ao dolár!
A moeda forte! Símbolo de poder econômico, mundialmente aceito!
"FECHOU EM QUEDA" na bolsa dela!)

Bem primeira situação resolvida...faltava uma: a vendedora ofendida.

"Mariliaaaaaa..."- desespero.
"Nossa Alice!..."- condenando.
"Como eu vou voltar lá naquela loja pedir desculpas? Vão me bater! vai você."
"Euuuuuu? mas os óculos são teus!"(Que irmã hein? me jogando na fogueira...!)
"Mas Marília..."
(Topando entrar na fogueira...!)

Plano estabelecido: Comprar um cartão, escrever um pedido de desculpas e entregar para a vendedora.
Melhorar o plano: acrescentar uma caixa de chocolate ao cartão. Ninguém resiste ao chocolate.
Plano em prática:
Eu entrei num supetão na loja, fui até a vendedora e antes que pudesse me reconhecer, disse:
"Mandaram pra você!"(Parecia que eu tinha uma bomba na mão. Tá menos dramática: Já brincou de "batata quente"?)

Balanço geral desta parte do plano:
Ela sorriu. Ficou Surpresa.

Saí num outro supetão, maior que o inicial e fomos para fora do Muller.









Nós aprendemos não julgar.
Nem quando temos certeza.
Porque até nossa razão pode nos enganar.
Ah, eu quebrei os óculos uns anos mais tarde, derrubei de cima da estante.
Nãooooo...não acredito em praga da vendedora.
Coincidência.

Foucault, Michel*

05 julho 2008

Julia, 16 de agosto.


Em 2002, para ser mais exata.
Eu não sabia o que estava por vir.
Era menina, a primeira neta da Iracema.
Ela não se continha de tanta felicidade.
Eu também, mas tudo era novo.
Pra Iracema não, já tinha tido os seus sete filhos.
Desses sete, seis meninas.
Destas seis, uma sou eu!

E então, depois de tantos anos, vem a Julia.
Que dengo.
Quanta proteção.
Quase ao extremo.

Os sorrisos se parecem,
os olhos lembram,
os modos atestam:

Julinha, versão Iracema.

Só me interessa um passo à frente.

Eu não quero comida fria,
Não quero sentar no chão,
Não quero apenas minuto,
Não quero um favor,
Não quero voltar sem nada,
Não quero sacola vazia,
Não quero um olhar distante,
Não quero apenas isso.

Só me interessa um passo à frente.