

Já passei dos limites muitas vezes, na ansiendade de ser feliz, na inocência, na incapacidade de calcular os riscos, enfim até mesmo por teimosia.
MAS repare no "acontecido " que me vi envolvida:
Eu tava secando o cabelo, no finalzinho da tarde e olhando pra fora, na rua...quando reparei que os dois meninos que estavam passando em frente de casa, carregavam uma boneca meio grande e também pesada. Os braços dela balançavam no ar, junto com a minha mente tentando entender o que era aquilo. Entendi a cena: dois adolescentes meninos, carregando uma menina.
Esquece o cabelo! Aquilo é uma pessoa?! uma menina: "Hey! aonde vocês estão indo? o que ela tem??"
A pergunta foi reflexo do meu espanto diante da cena. Eles tentavam apressar o passo, mas nós fomos mais rápidas. A Karla e eu.
Moral e desfecho:
Adolescentes bêbados e menina em coma alcoólico.
Nós imediatamente ligamos pra emergência, pouco resolveu: este atendimento não é feito pela unidade de saúde.
O pai do menino chega de carro e quer levar o filho embora. Meninos financeiramente bem. O outro já tinha corrido. A adolescente caída na calçada num estado lastimável. Inconsciente. Toda suja de vômito.
Ninguém queria colocá-la em seu veículo pra levar ao hospital.
Até que um vizinho se ofereceu.
O pai do menino não aceitou ajudar a amiga do filho.
Consegui localizar a mãe da menina e avisar que ela estava internada: a mãe estava trabalhando de faxineira num motel da cidade.
Dia seguinte:
Toca o telefone. Eu atendo.:
"Oi Marília, meu nome é......você me ajudou ontem...já sai do hospital, tô ligando pra te agradecer, mas VOCÊ SABE ONDE ESTÁ A MINHA BICICLETA?
Se produzimos a causa como não entender o efeito?
No álcool.
Um comentário:
Ma, nem lembrava mais disto!!!! Gostei muito de ler suas historias, vc sabe como se expressar. Continue, esta muito interessante. Um dia vou ai conhecer a Julia e a Ana Clara...
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